Cor

Se eu vestir uma blusa verde, tu não me verás com novas esperanças, se me vestir de carmim, vermelho sem fim, ainda assim, não me amarás por todo esse meu sofrer, se algum azul do mar também me colorir, sei bem, que jamais mergulharás no meu íntimo sem fim. Visto-me, então, com aquela joia rara, peça lapidada, ouro 18 kilates, presente que me deste pra alegrar, e sei que no meu pescoço brilhará ainda mais o teu orgulho, a tua mesquinhez diante do simples. E me dispo, jogo a teus pés o que não me eleva, o que me cabe não precisa brilhar. Pegue teu troféu, tuas medalhas de vaidade, porque hoje a tua falta de amor me vestiu de cinza.

7 comentários:

  1. Que maravilha de post, Ju. Tava com saudade daqui..

    Beijo!

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  2. Meu Deus! Que arraso Jujuba!
    Sabe, as cores vezenquando me vestem, e a falta delas também.
    Teimo em olhar no espelho e não gostar das combinações, mas que se dane. Só não me visto de falta de amor, porque essa roupa, aperta demais. :/

    Um beijo linda, linda!

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  3. A gente se veste com as tuas letras e nos sentimos amparados. As letras leem a gente, ancoram seus encantos no íntimo e nos faz sorrir. Tecido bom o das tuas palavras.

    O teu excesso de amor aqui me vestiu com muita cor.

    :)

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  4. Muito bom conhecer seu espaço! Gostei muito!

    Bjs!

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